Curiosités de l'été 2021
Quelques curiosités se nichaient dans les Ventes aux Enchères de cet été 2021.
Un Triptyque miniature qui présentait plusieurs scènes de la Crucifixion était soumis aux enchères le 5 Juillet 2021 à Lisbonne par la Maison de Ventes Cabral Moncada Leilões. Il était désigné d'origine mexicaine et datant du XVIe siècle. Il alliait l'agent doré au buis, aux émaux et aux plumes de colibri.
Son prix d'adjudication 20 000€ au marteau semble avoir fait écho à sa rareté, la Maison de Vente ayant signalé au préalable l'éxistence de seulement 4 autres Triptyques de même nature : 1 dans les collections du Metropolitan Museum of New york's, une oeuvre à voir en suivant ce lien. 1 dans les collections du British Museum's, une oeuvre à voir en suivant ce lien, 1 au Minneapolis Institute of Art et 1 dans une Collection privée.
Curieusement encore un autre Triptyque de même nature est apparu quelques jours plus tard dans une vente aux enchères organisée à Louviers !
Lot N°300
Pendente tríptico "Cenas da Paixão de Cristo" prata dourada, madeira de buxo, esmaltes, penas de colibri Mexicano séc. XVI pequenas faltas, sinais de uso e oxidação sem marcas Portuguesas, ao abrigo do Decreto-Lei 120/2017, de 15 de Setembro - art. 2º, nº 2, alínea c) Dim. - (aberto) 10 x 4 x 8 cm; Peso - 105,7 g. Notas: Proveniência: Quinta da Margem do Arade, Olhalvo, Alenquer exemplar semelhante integra a colecção do Metropolitan Museum de Nova Iorque - https://www.metmuseum.org/art/collection/search/191598 consultado a 18/06/2021 às 14:15h; vd. https://www.youtube.com/watch?v=4QQ1aKhDoBg; outro exemplar integra a coleção do British Museum - https://www.britishmuseum.org/collection/object/H_1889-0507-7, consultado a 21/06/2021 às 11: 35h
Pendente tríptico “Cenas da Paixão de Cristo” NOTA: A Cabral Moncada Leilões regista e agradece a Henrique Correia Braga o seu decisivo contributo para a identificação desta peça e a partilha da investigação que levou a cabo, designadamente a localização das quatro outras peças semelhantes conhecidas, conforme adiante se refere. DESENVOLVIMENTO Para além do imediato espanto que provoca pelo seu trabalho detalhado, este tríptico do século XVI é tanto mais fascinante quanto mais analisado, uma vez que manifesta, com solenidade, o tempo e o cruzamento de culturas de que é fruto. Encimada por uma caveira alusiva à vanidade da vida terrena, a estrutura deste objecto – elaborada numa combinação de prata dourada e esmaltes – encerra em si seis cenas da Paixão de Cristo: à esquerda, a agonia de Cristo no Jardim das Oliveiras e o escárnio de Cristo; ao centro, o Calvário e o Lava-pés; e, à direita, uma das quedas de Cristo a caminho do Calvário e o julgamento de Cristo no Sinédrio. São episódios incontornáveis para a fé católica, especialmente durante a Semana Santa, na qual se faria certamente mais recurso a este pequeno, mas luxuoso, oratório de devoção particular. As esculturas são elaboradas em madeira de buxo – um material denso e homogéneo, ideal para trabalhos minuciosos – no mesmo estilo em que se concebiam, por exemplo, as igualmente detalhadas contas de oração tão requisitadas no norte da Europa, durante a mesma época. Contudo, as penas de colibri que revestem o fundo de cada cena transportam a concepção da peça para o México. Na história deste país, o início do século XVI é marcado pela chegada dos colonizadores espanhóis, entre os quais se encontravam missionários católicos, que recorriam também ao ensino artístico para sua acção catequética. Assim, o engenho dos artistas nativos não só evoluiu como passou a ser canalizado para peças de cariz cristão, como a que a Cabral Moncada Leilões leva agora à praça. Frei Jerónimo de Mandieta (1525-1604), na sua Historia eclesiástica indiana (1956), descreve o ensino oferecido aos indígenas, ao falar do flamengo Frei Pedro de Gante (c. 1480/6-1572), que criara a escola de San José de los Naturales, onde possivelmente se ensinava a arte da escultura miniatural: “El cual no se contentando con tener grand escuela de niños que se enseñaban en la doctrina cristiana, y á leer y escribir y cantar, procuró que los mozos grandecillos se aplicasen á deprender los oficios y artes de los españoles, que sus padres y abuelos no supieran, y en los que antes usaban se perficcionasen.” As penas eram já um elemento decorativo frequentemente utilizado nas comunidades pré-hispânicas. A plumería era especialmente primorosa na região do México Central, muito devido à simbologia sagrada, particularmente vinculada a rituais sacrificiais. As penas de colibri, concretamente, eram associadas ao principal deus da religião asteca, Huitzilopochtli, e, portanto, as mais adequadas para serem adaptadas para as peças de temática cristã, executadas com base nas gravuras trazidas pelos europeus. Destarte, o valor religioso e sacrificial que as penas já detinham é, de certa maneira, transformado e aproveitado para a exaltação da religião trazida pelos europeus, como um instrumento de evangelização, como nos prova, adicionalmente, o seu uso na ornamentação de igrejas ou procissões. As suas cores iridescentes – que o tempo atenuou – tinham impacto suficiente para conseguir reforçar ainda mais a beleza das esculturas. Estas, por sua vez, eram alvo de um detalhe tal que, mesmo sem fazer recurso à policromia, conseguem ainda hoje transmitir ao observador as expressões e a profunda emoção que decorre nas cenas representadas. Por fim, fará sentido sublinhar que este tipo de trabalhos foi executado no século em que o Papa Paulo III emitiu a bula Sublimis Deus (1537), em que reconhecia os índios como seres racionais e capazes de serem cristianizados. É admirável verificar como estas obras de arte transmitem já conteúdo essencial dessa bula.
A raridade desta peça decorre do facto de apenas serem conhecidos quatro trípticos semelhantes a este pendente: um no British Museum; outro no Metropolitan Museum of Art, outro no Minneapolis Institute of Art e outro, finalmente, na Melvin Gutman Collection. Ilustrando o que antecede, vd. https://www.youtube.com/watch?v=4QQ1aKhDoBg [consultado a 22/06/2021 às 12:23]. Texto de: Isabel Maria Mónica
Estimation 10 000 € - 15 000€
Contrairement à la vente à Lisbonne ce Trityque de type similaire est resté Invendu lors d'une Vente aux Enchères organisée à Louviers par Me Prunier le 11 juillet 2021.
Relevez que l'estimation est très supèrieure à l'estimation de l'Expert de Lisbonne, du simple au double !
Lot : 124
Retable miniature en triptyque en argent, bois et plumes d’oiseaux, la partie supérieure trilobée. Il se compose de scènes sculptées à claire-voie sur fond de plumes, Au centre, la scène de la crucifixion, le volet de gauche représente la Prière à Gethsémani et l’arrestation du Christ, le volet de droite comporte le portement de croix et le couronnement d’épines. Mexique, vers 1540.
H:5,3 L (ouvert) : 6,4 (ouvert) x 1 cm (ouvert) 2 cm (fermé)
Estimation : 20000/25000€ Invendu
Restons à Louviers et observons quelques instants ce rare Corpus en Ivoire attribué au XIIIe siècle parisien.
Il est écrit dans le libellé que différents aspects du Christ évoquent les oeuvres parisiennes de la fin du XIIIème siècle. Je souhaite à l'Acheteur qui a accepté de payer 38 000€ au marteau pour acquérir ce Corps démembré qu'Il soit plus que l'évocation d'une oeuvre parisienne du XIIIe siècle !
Lot : 27
Christ en croix, ivoire, Paris. Fin du XIIIe siècle. L’inclinaison du visage du Christ creusé par la souffrance, le traitement du corps, la disposition du vêtement découpé en plis profonds évoquent les ouvres parisiennes de la fin du XIIIème siècle. (bras manquants). Poids: 274,1 g. H. 19,5 cm. Provenance : Collection Charles Ratton 1964
Estimation : 15000/20000€
Toujours à Louviers, cette xylographie rehaussée de couleurs et d'or a été adjugée 1 100€ au marteau.
Lot : 150
Le Calvaire. Xylographie, ou bois gravé, réhaussée de couleurs et d’or. Flandres, vers 1500. Dim. 27×19 cm.
Estimation : 800/1000€
Quelques jours plus tôt, le 6 juillet 2021, la Maison de Ventes Christie's adjugeait 32 500£ au marteau ce rare dessin à la pierre noire, copie d'un dessin original de Michel-Ange.
Le filigrane de la feuille qui porte le dessin a été formellement identifié et attribué à l'année 1566.
Lot N°114
CIRCLE OF MICHELANGELO BUONARROTI (CAPRESE 1475-1564 ROME)
Christ on the Cross between the Virgin Mary and Saint John the Baptist
black chalk, watermark encircled lily (cf. Piccard Online, no. 128676, used in Rome, 1566)
14 7/8 x 8 ¾ in. (37.2 x 21.9 cm)
Provenance
Gustave Soulier (1872-1937), Florence (L. 1215a).
Henri (1917-1982) and Suzanne Paradis (1917-1988), Saint-Étienne (L. 4361) .
Literature
P. Joannides, ‘Reworking and erasure in two drawings by the aged Michelangelo’, in Colnaghi Studies, no. 2, March 2018, p. 154, fig. 6.
Lot Essay
This is a copy, made by an artist from his close circle, of Michelangelo’s drawing in the Royal Collection at Windsor Castle from around 1560-1564 (inv. RCIN 912775; see A. Gnann in Michelangelo. The Drawings of a Genius, exhib. cat., Vienna, Albertina, no. 124, ill.). The watermark suggests a date in Rome circa 1566, a few years after the drawing was created. In the last years of his life, Michelangelo drew the Crucifixion repeatedly as a sustained and profoundly felt spiritual exercise; other complete sheets from the group are also in the Royal Collection (inv. RCIN 912761), as well as in the British Museum (inv. 1895,0915.510), the Louvre (inv. 700) and the Ashmolean Museum (inv. 1846.89; for a recent discussion of the group, see C.C. Bambach, Michelangelo. Divine Draftsman and Designer, exhib. cat., New York, The Metropolitan Museum of Art, 2017-2018, pp. 222-231). The Y-shaped cross seen in the present work (but not in the original it is after) as well as in the other drawing at Windsor, is an archaic form which, according to Michelangelo’s biographer Ascanio Condivi, the artist knew from a crucifix in Santa Croce, Florence.
Alessandro Nova has suggested that Michelangelo was planning a painting on the subject as an altarpiece for the Capella Paolina at the Vatican, to be executed by an associate, perhaps Marcello Venusti (‘Hat Michelangelo ein Altarbild fur di Cappella Paolina geplant?’, in Michelangelo als Zeichner. Akten des Internationalen Kolloquiums Wien, Albertina-Museum, Vienna, 2010, pp. 365-391).
We are grateful to Paul Joannides for his help in cataloguing the present drawing.
Estimation GBP 6,000 - GBP 8,000
Une belle surprise attendait les Amateurs chez Remy Le Fur lors d'une Vente aux Enchères qui s'est tenue le 7 juillet 2021.
Le N° 329 qui était présenté comme un Christ en buis sculpté de la fin du XVIIe siècle est assurément un travail de Pierre Simon JAILLOT (1631 c.-1681). Il a été adjugé 4 300€ au marteau soit plus de 2 fois son estimation haute. Cela reste une belle affaire pour son Acquéreur.
en buis sculpté.
France, fin du XVIIème siècle.
La croix en placage d'ébène postérieure.
H totale.: 66 cm
Silber. Hochrechteckig, mit schmalem profiliertem Rahmen. Zentral das Kreuz mit dem flatternden INRI-Banner. Der Gekreuzigte als Dreinageltypus mit Dornenkrone und Tuchdraperie um die Hüften, links, im Halbprofil Maria, neben dem Kreuz kniend Maria Magdalena, rechts frontal stehend Johannes. Eingebettet in eine Landschaft mit Repoussoirbaum links, im rechten Hintergrund Architektur/ Ruinen. Ungemarkt. H 17,4, B 11,9 cm, Gewicht 127 g.
Süddeutschland, zugeschrieben, 17. Jh.
Die Kreuzigung mit drei Assistenzfiguren Maria, Johannes und Maria Magdalena gibt es in dieser hier vorgestellten Form schon seit der Renaissance. Eines der frühesten Beispiele für die Ikonografie ist das Tafelgemälde von Masaccio (1401 - 1428) aus der Galleria Nazionale di Capodimonte in Neapel. Der Augsburger Künstler Hans Burgkmair d.Ä. (1473 - 1531) übernahm diese Figurenkonstellation für ein Altargemälde (Pinakothek München, Inv.Nr. 5329) ebenso wie - erneut 100 Jahre später - der Antwerpener Künstler Antoon van Dyck (1599 - 1641), dessen bedeutendes Gemälde sich heute in der Sammlung des Louvre befindet (Inv.Nr. 1766).
Literaturhinweise
Vgl. Weber, Deutsche, niederländische und französische Renaissanceplaketten, München 1975, Nr. 953.
Estimation 3 000€ - 4 000€
Dans la même vente a été adjugé 12 500€ ce Christ crucifié en Argent attribué à un Suiveur de Giambologna actif au XVIIe siècle en Italie.
Corpus Christi
Silber, vollrund und hohl gegossen, graviert, ziseliert. Darstellung des Gekreuzigten im Dreinageltypus mit hoch gereckten Armen und sterbend zur Seite herabgesunkenem Haupt. Der Gesichtstypus wie auch die schlanken und gelängten Proportionen des nur mit einem von einer zierlichen Kordel gehaltenen Lendentuch bekleideten Körpers verweisen auf die Nachfolge der Werke Giambolognas.
Nur sehr geringfügige Bestoßungen. Höhe 34,5, Armspanne 15,5 cm.
Estimation 10 000€ - 12 000€
Ce Christ en Ivoire attribué à Mattheus van Beveren (1630-1691) un Ivoirier flamand a été adjugé 206 250€. Un prix record qui est à mettre en rapport avec la notoriété de Mattheus van Beveren et avec les dimensions exceptionnelles du Corpus qui affiche une hauteur de 72 cm.
Une précédente adjudication d'un Christ en Ivoire attribué à Mattheus van Beveren s'est déroulée dans les locaux de Sotheby's à Londres le 9 juillet 2015. Le Christ qui affichait une hauteur de 85 cm a été adjugé 100 000 GBP. J'ai commenté ce résultat en son temps dans cette page Belles Ventes en Juillet 2015
Corpus Christi
Elfenbein, vollrund geschnitzt. Arme erkennbar angesetzt. Dieser Corpus Christi, zu dem sich auch die original zugehörige plastisch modellierte INRI-Tafel erhalten hat, ist zum einen allein wegen seiner Größe, zum anderen aber zugleich wegen seiner künstlerischen Qualität und seines Erhaltungszustandes als außergewöhnliche Rarität zu beschreiben. In der Bearbeitung des Elfenbeins zeigt sich eine meisterhafte Hand, die alle Nuancen der Körpermodellierung und der Ausarbeitung aller Details beherrscht. Der Corpus wird traditionell mit Mattheus van Beveren, einem der führenden flämischen Bildhauer seiner Zeit, zugeschrieben.
Der in Antwerpen geborene Mattheus van Beveren erhielt seine Ausbildung bei Peter Verbruggen, 1650 wird er als Meister in die Lukasgilde in Antwerpen aufgenommen. Unter seinen Arbeiten, ebenfalls in Stein und Holz ausgeführt, befinden sich zahlreiche Kruzifixe aus Elfenbein; unserem Corpus Christi gut zu vergleichen ist der Corpus Christi in der Kirche St. Antonius von Padua in Antwerpen, der ebenfalls Mattheus van Bever
Insgesamt in sehr gutem Zustand. Nur leichte Bräunungen und Verschmutzungen. Corpus H 72 cm, Armspanne 39 cm. Kreuz H 110 cm, B 54 cm.
Literaturhinweise
Zu dem vergleichbaren Corpus Christi in der Kirche St. Antonius von Padua in Antwerpen siehe Genevieve van Bever: Les "Tailleurs d´Yvoire" de la Renaissance au XIXème siècle, Brüssel 1946, Taf. 46.
Estimation 180 000€ - 200 000€
Il fallait être à Barcelone chez Surbans casa de subastas le 3 août 2021 pour acquérir au prix rond de 500€ au marteau ce Christ en Bronze doré attribué au XVIe siècle et d'origine italienne.
Estimation 100€ - 150€
Retour en France à l'Hôtel des Ventes de Macon où a été adjugé 2 100€ au marteau le 17 septembre 2021 ce Christ en Ivoire en position frontale attribué au XVIIIe siècle français.
Estimation 300€ - 400€
Cette charmante composition en ivoire adjugée 2 800€ au marteau était offerte à la vente chez Hampel à Munich le 24 septembre 2021.
Flämisch, 17. Jahrhundert.
Auf einer mit moosgrünem Samt bezogenen Holzplatte.
Estimation 1 800€ - 2 400€
Il suffit que ce soit écrit ...
Ce Christ sculpté dans le buis a été adjugé 8 000€ au marteau le 30 septembre 2021 à Madrid chez Duran Arte Y Subastas. Il est attribué à Juan de Mesa (1583-1627) comme suggéré par le cartouche que l'on aperçoit sur le Crucifix sur sa face avant.
Lote: 504
Juan de Mesa y Velasco. Cristo Crucificado"Cristo Crucificado". Cristo Crucificado realizado en madera de boj tallada. Vivo, y de tres clavos, con la cabeza ligeramente girada y elevada hacia la izquierda, cabello rizado. Orificio en la parte superior de la cabeza, posiblemente portaba corona de espinas. Presenta la boca entreabierta dejando ver la dentadura. El paño de pureza, atado con una soga, está anudado al derecha.
La cruz, realizada en madera de ébano tallada con potencias y cartelas en plata. La cartela delantera reza: Juan de Mesa +1627.
En la parte posterior, cartela que reza: Cristo en madera de boj tallado por el escultor Juan de Mesa (+1627). Cruz de ébano y plata.
*Juan de Mesa y Velasco (1583-1627). Fue el más destacado de los discípulos del también escultor Juan Martínez Montañés (1568-1649). Es considerado como uno de los prototipos de imaginero dentro de la escultura barroca. De sus crucificados, se destaca el gran dramatismo y el trabajo de la anatomía. Conservándose varias obras donde se puede justificar las características citadas. Una vez consolidada su trayectoria llegó a igualar a su maestro, influyendo en algunas de sus obras más tardías. 31 x 30 cm el Cristo. 75 x 34 cm la cruz.
MESA Y VELASCO, JUAN DE (1583 - 1627)
Cristo Crucificado
Crucificado en boj cruz de ébano
Madera
España
31 x 30 cm el Cristo. 75 x 34 cm la cruz.
Estimation 8 000€
Publié le 10 octobre 2021